domingo, 28 de março de 2010

Old is fashion. Not cool.

Eu postei alguns vídeos antigos aqui com a intenção de mostrar como era o skate na época aqui em Porto Alegre.
Acho importante o registro (até porque temos poucos) para que se entenda mais sobre a evolução do skate.
Não sou um defensor xiita do old school.
Comecei a andar de skate em 1984 e parei poucas vezes, por motivos de estudo, trabalho ou simplesmente a falta de material no mercado. Andava quando ninguém mais andava. Por isso, sofri preconceito da sociedade, amigos, família e muito ví o skate sendo propagandeado como coisa de vagabundo marginal. Isso pela mesma mídia que hoje ganha dinheiro usando o skate em propagandas, novelas e transmissões ao vivo.
O que era podre virou moda.
Isso é muito bom por um lado. Aquece o mercado, facilita a vida de que depende do skate para sobreviver e faz a evolução ser mais rápida, em todos os sentidos, na minha opinião.
Por outro lado, surgem pessoas com uma noção erronea do skate. Pessoas que desacreditaram e abandonaram o skate na década de 80 estão de volta. Pessoas que talvez nunca imaginaram que um dia iriam andar de skate, hoje andam. Compram um skate por que viram que ele está bonitinho na mídia e, consequentemente, aceito pela sociedade. Mas devido ao tempo que ficaram parados, devido à má informação que a mídia não especializada passa, não acompanharam a evolução. Não entendem e não se esforçam para entender o que está acontecendo na fase atual do skate. Então idolatram o passado para justificar a sua incapacidade de evolução física e/ou mental.
Resta esperar que essa moda passe e, sei lá, depois da moda dos pseudo hippies e dos pseudo skatistas, voltem os grunges, depois o hip hop, depois o gangsta rap, e asim continuemos evoluindo. (evoluindo?)